sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Chegada e inserção no Alto Molócuè

Eram meia-noite e três minutos do dia 2 de agosto, estávamos a chegar à comunidade do Alto Molócuè.
Para trás ficaram dois dias de viagens. Saímos da Madeira às 7.30h, com uma pequena paragem em Alfragide para o almoço e às 17.50h iniciávamos a viagem rumo a Moçambique, com escalas no Dubai, Dar es Salam (Tanzânia), Pemba e Nampula. Diríamos que é uma viagem para recordar, onde se tocaram os extremos de aeroportos magníficos (Dubai) e aeroportos confusos (Dar es Salam). O importante é que conseguimos chegar ao fim (Nampula) sãos e salvos com todas as nossas bagagens. A juntar à viagem de avião tivemos a viagem de carro de 2h e meia até o Alto Molócuè com algumas peripécias… acidente entre camião e carro (não o nosso felizmente) e alguns arrepios de frio!
A primeira manhã foi para o repouso do corpo e conseguirmos acertar o nosso horário de sono perdido.
Depois do almoço começamos a nossa primeira actividade que ocuparia os dois primeiros dias com o pe. Ciscato. O pe. Ciscato é um missionário que está há mais de 40 anos em Moçambique e especializado em antropologia cultural. Ninguém melhor do que ele para nos ajudar a entender e perceber a bonita cultura deste povo, mais especificamente da cultura Lomwe.
Esta formação dividiu-se em dois blocos: o primeiro bloco com uma introdução teórica geral da cultura lomwe e o segundo bloco com uma extensiva visita de campo junto da população.
Uma formação muito rica, sobretudo a parte prática, em que pudemos não só conhecer os costumes em si como a cumplicidade que o Pe. Ciscato tem com esta gente. Um homem acolhido e respeitado por este povo… um grande testemunho de vida do trabalho deste missionário junto das comunidades.
Na tarde do nosso segundo dia tivemos uma reunião com a comunidade religiosa para conhecermos os seus elementos e trabalho de cada um: pe. Onório, o superior e ecónomo da comunidade; pe. Messias, responsável pela coordenação do trabalho da paróquia e comunidades (a missão do Molócuè é constituída por cerca de 300 comunidades); pe. Carlitos, o coordenador do Centro Juvenil Padre Dehon; pe. Damião, recém chegado à comunidade (desde junho de 2012). Também foi a oportunidade para que a comunidade conhecesse melhor cada um dos voluntários e suas espectativas.
Finalizamos o nosso dia com um encontro com o responsável do Centro Juvenil, o pe. Carlitos, que nos explicou em pormenor o funcionamento do centro. A partir dessa partilha começamos a inserir-nos cada um num trabalho específico.
Bem… por enquanto já chega. Continuem blogados pois prometemos mais novidades.
Como saúdam as crianças por estas bandas… tataaaaa

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