terça-feira, 27 de agosto de 2013

25º e último dia da experiência de missão no Alto Molócuè - 27 de agosto

Eis chegado o último dia da nossa estadia pelo Alto Molócuè!
É incrível como já se passaram 3 semanas… tudo em catadupa! Alguns dias pareciam que não terminavam… e agora já está a chegar ao fim!
Há um misto de sensações que nos envolve a nós voluntários que durante este mês demos o máximo para as diversas actividades! Algum cansaço (que ainda resta não só da nossa viagem ontem à Reserva Natural do Gilè mas do acumular de trabalho ao longo destas semanas), a saudade de partir e deixar pessoas que marcaram a nossa estadia aqui no Alto Molócuè (desde a comunidade religiosa até aos jovens do Centro Juvenil), o olhar para trás e ver tudo o que realizamos e não conseguimos realizar…
Por isso hoje foi um dia muito especial. A parte da manhã foi passada em algumas arrumações pessoais e a parte da tarde foi marcado por um encontro de avaliação entre os voluntários e o Pe. Onorio e pelas despedidas dos jovens do Centro Juvenil.
Para isso organizamos um pequeno lanche ao final da tarde onde houve uma espontânea e comovente partilha de experiências destas semanas. É o legado que deixamos aos jovens deste Centro Juvenil para que possam cada vez mais melhor executar a sua missão. Ficam para trás amizades que levamos nos nossos corações… e que atravessarão connosco os oceanos e continentes!
O último jantar com a comunidade foi a famosa pizza (ai que saudade vou sentir…), complementado por uma deliciosa mousse de chocolate do nosso chef Perry (também vou ter saudades das suas sobremesas).
E quando tudo parecia acabado, entre as fotos com alguns jovens que se demoravam pelo Centro Juvenil e últimos abraços… eis que chega a derradeira surpresa da noite. Todos os voluntários receberam da comunidade religiosa e da Elsa (que também foi emprestada durante este ano à comunidade religiosa do Alto Molócuè) uma oferta muito sentida: uma pedra rosa e uma tradicional cesta para joeirar. Isto complementado por uma mensagem pessoal de cada um dos padres e uma lista de frases do Pe. Dehon que a Elsa deu a cada um de nós.
Para que tudo isto ficasse registado tiramos a derradeira foto de família… que a seu tempo será partilhada!
O Pe. Messias escreveu de seu punho uma mensagem pessoal a cada um dos voluntários.
O Pe. Onorio partilhou com cada um uma frase da Sagrada Escritura, que lhe dá a motivação para ser missionário: “Não é que eu procure dádivas: o que eu procuro é o fruto abundante que delas resultará para vós” (Fil 4,17).
O Pe. Carlitos partilhou com cada voluntário um provérbio lomwe.
Partilho o meu: “Yorwa Ti Yorowa” (O que vem volta para de onde veio). Este provérbio tem 2 sentidos muito profundos. Em breve regressarei de onde vim (Portugal) levando comigo um legado de experiências que me enriqueceu. O segundo sentido é que sendo já a quarta vez que cá venho, este foi mais um regresso, diferente de todos os outros! Espero voltar a África… e especificamente a esta comunidade do Molócuè que a mim me diz tanto! Só Deus sabe!

E assim concluímos o nosso registo diário! Nos próximos 3 dias será para disfrutar das belas paisagens da Ilha de Moçambique e Chocas! Um momento nosso… só para nós! Bem o merecemos!

Levamos na mala sonhos para próximos projectos no Molócuè que a seu tempo serão conhecidos!

A todos aqueles que nos seguiram diariamente, quer familiares dos voluntários e amigos, o nosso grande obrigado por todo o apoio ao longo de todo o ano para que esta experiência se realizasse!
E tal como saúdam aqui as crianças… um grande TATAAAAAAAAAAAAAA para todos!

Pe. Juan

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

24º dia - 26 de agosto

Às 05h30 era grande a azáfama à volta do mata-bicho e na cozinha também, na preparação de sandes que compuseram o farnel do dia.
Com apenas uma actividade para desenvolver com os jovens do Centro Juvenil na terça, tiramos o dia de hoje para visitar mais alguns locais de presença dehoniana em Moçambique e conciliamos isso com uma visita à Reserva Natural do Gilé, criada em 1932 com o objectivo principal de proteger o elefante e o rinoceronte negro.
A partida prevista para as 06h00, acabou por acontecer às 06h30 o que é óptimo, pois em 30 minutos houve tempo para mudar um pneu, abastecer um dos carros (com bomba manual) e lavar os pára-brisas. Todos a bordo e partimos com a particularidade de termos dois padres aos comandos das viaturas: o nosso pastor voluntário, pe. Juan e o pe. Messias, moçambicano e residente na missão do Alto Molócuè.
Arrancamos e após 10 minutos de alcatrão entramos em estrada de terra. Só voltaríamos a sentir alcatrão às 22h30. Entre saltos e pulos ficamos espantados com a resistência das Toyotas Hilux 4x4.
Pela estrada que liga a Nacional 1 no Alto Molócuè, em Malua, seguimos em direcção a Uape, onde entramos na Reserva Natural do Gilé após 3h30 de viagem. A expectativa era grande pois apenas um de nós já tinha visitado uma reserva natural. No entanto, tínhamos sido prevenidos ainda em casa que a reserva estava em fase de repovoamento animal, devido a ter sido devastada pela caça indiscriminada, no período da guerra civil, pelo que teríamos poucas hipóteses de vermos vida selvagem.
Logo no posto de controle à entrada da reserva, esta situação de míngua de vida selvagem foi confirmada pelos guardas. De facto apenas recentemente foram introduzidos um bando de 5 leões e impalas. Em Setembro será a vez de aparecerem por ali girafas e zebras. Considerando que a área da reserva é de 2100km2, ou seja três vezes a área da ilha da Madeira pudemos adivinhar que cinco leões… nem vê-los. Mas perseveramos J
E assim, percorremos 2h30 de reserva sem avistar nenhum animal… parecia que eramos mais os que estavam dentro dos carros do que na reserva. À falta da bicharada, deslumbrava a enorme área de mancha florestal inabitada que recebendo os raios de sol matinal, projectava uma luz que em todo este país nos fascina. Após este tempo chegamos ao acampamento turístico da Reserva do Gilé que recebeu o nome de Acampamento do Lice (4 tendas estilo safari) devido à proximidade do Rio Lice, um lugar especial entre os Rios Malema e o Lice, pela sua particular beleza cénica, e por ali perto passarem com frequência alguns animais, mas que hoje teimavam em primar pela ausência. Como se diz por cá: “Nada!”.
Após uma paragem de 45m com salto ao rio para chamar crocodilos ;) tivemos de partir pois o dia ainda tinha muita estrada para palmilhar em direcção a Mualama, onde visitamos a paróquia do Cristo Rei, antiga missão dehoniana estabelecida em 1948 e 5 anos depois iniciavam-se as obras de uma grande igreja que hoje se apresenta em estado de muito degradado (novamente aqui as nacionalizações e guerra civil tiveram o seu impacto) mas que a respectiva afectação à diocese permitiu já a recuperação do telhado, seguindo-se paredes, portas, janelas, tudo… tendo o pe. Rito Alberto nos recebido entusiasticamente.
Dali saímos para Nabúri, para visita a outra missão dehoniana, fundada em 1963 e designada paróquia de São Paulo Apóstolo, com uma igreja humilde, e apenas uma casa, residência dos padres.
Ainda antes de Nabúri, um entroncamento fez-nos parar. Uma seta apontava “Pebane”. Era complicado. Mais uns 90 ou 100km tornavam a viagem mais desgastante e o regresso madrugada fora desaconselhado. Paciência.
A partida de Nabúri acontece já com a tarde avançada não esquecendo que aqui às 17h30 já se faz escuro o dia e às 18h está noite. O Gilé (cidade) é o destino e aqui chegamos já de noite (19h00) não sem antes passarmos por pontes de troncos soltos, outras com a falta deles e que requeriam toda a atenção dos condutores e uma mesmo que obrigou à saída de um de nós do carro para ajudar na passagem pois não havia espaço para vacilar.
Conhecem a Lei de Murphy? Senão, ide pesquisar J Chegados ao Gilé temos um furo e toca a dar à manivela. Nada de incomum por aqui. De seguida o regresso a casa no Alto Molócuè onde só chegamos às 23h, depois de mais 3h45 de viagem.
Todo o dia em estrada de terra, com muitos ”óios”, “Jesus”, “Meu Deus”, “Minha Nossa Senhora”, “Senhor”, ou seja, se tivemos de dispensar Laudes e Vésperas, a presença de Deus foi sempre solicitada e sentida. Um dia cansativo. Um dia fantástico!
Nuno Perry

domingo, 25 de agosto de 2013

23º dia - 25 de agosto

5h … ouvi barulho e vozes dos hóspedes porque a casa esteve cheia devido à peregrinação e festa na Igreja do Contestável, em Malua.
6h30/7h00 - Eu e a Diamantina levantamo-nos, fomos tomar o pequeno almoço, quando chegámos à sala já estavam todos sentados à execepção da Ana Paula, chegou vakina atrasada.
Comemos um repasto, com bolo de tangerina e bombons de caramelo feitos pelo Chef Perry.
7h45 – Preparámo-nos para irmos novamente para Malua, para a ordenação de um padre, porém a Diamantina ficou (umass dores no pescoço e ombro) e a Ana Paula, vekina e por causa do ekakela do face não foi.
A carrinha conduzida pelo Padre Onório ficou logo apinhada de gente à frente e na carroçaria aberta. Segundo soube, o condutor arrancou e não é que a Elsa e uma senhora caem abruptamente no chão. A Elsa magoou-se na anca e está a inflamatório, senhora não sei. Eu já fiquei preocupada e não fui para Malua. Mas também não podia ir porque a carrinha seguinte, conduzida pelo Padre Messias ficou imediatamente amontoada de gente. Portanto fiquei por cá e aproveitei para ler o livro Na berma de nenhuma estrada, do Mia Couto.
12h30 – Almoçamos, mas éramos pouquinhos, cinco, quando habitualmente temos uma mesa como a última ceia de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Entretanto os que tinham ido a Malua chegaram da prolongada missa, 4 horas de eucaristia, mas valeu a pena pois as missas são muito atractivas e participativas (cantam e cantam em elou). 
A Cheila enquanto esteve na missa aproveitou para ir fazer marrabas (tranças rentes ao couro cabeludo) no cabelo contudo fez poucas porque magoa bastante ao entrançar, apertam muito pois o cabelo de mucunha é escorregadio.
13h45 – Hoje, fizemos como os locais, fomos descansar como fazem os habitués Ana Paula e Padres e todos regozijamos com um belo dolce fare niente.
16h30 – Uns foram às compras para a confecção do lanche de despedida para os jovens mais ativos do Centro Juvenil. Pensámos num lanche europeu, sandes de atum, com alface e tomate; outras com queijo e fiambre; uma fatia de bolo e um refrigerante com gás.
18h – Só uma alminha é que apareceu, o Artácio, mais ninguém veio porque ficaram a xonar pois muitos passaram a noite em claro, estiveram em vigília. Então a comida comprada ficará para os lanches de amanhã.
18h45 – Como chegaram três hóspedes, o Padre Onório pediu voluntários para limpar os quartos, então eu, a Nanda e a Ana Paula, eheh, vestimo-nos de empregadas de limpeza e toca a fazer a faxina à nossa maneira, sempre supervisionadas pelo boss.
19h15 – Jantar, domingo à noite, sopa de abóbora, pizzas e cerveja, e para sobremesa, ananás.
Ficámos um pedacinho à conversa, sobre Moçambique, com os hóspedes.
20h30 – Hora do Vitinho porque amanhã o despertar será às 5h30 para partirmos às 6h para o Gilé, à procura de animais selvagens, eheheh.
Ps: Não há foto, há-de vir.

Graça Dias

sábado, 24 de agosto de 2013

22º dia - 24 de agosto de 2013

O dia de sábado começou em Quelimane para três voluntárias. O Pe Onório proporcionou uma visita guiada pela cidade, conhecemos alguns pontos históricos e também fomos ao mercado local. Depois de almoço partimos rumo ao Alto Molócuè, pelo caminho ainda parámos na Lagoa Azul, onde recolhemos búzios para oferecer aos colegas voluntários. A chegada já aconteceu pela hora de jantar. As voluntárias Diamantina, Graça  o Pe Juan participaram na peregrinação até Malua e o Pe Juan ficou de vigília durante toda a noite.

Fernanda

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

20º dia - 22 de agosto de 2013

O dia começou bem, mas terminou melhor ainda! De manhã o trabalho na escolinha, as crianças são mesmo o melhor do mundo! Pelo almoço a degustação de um bolo de banana confeccionado pela Paula, tava maravilhoso e contribuiu fortemente para os kilos que quase todos levamos a mais (e não é na bagagem!) J
Pela tarde, o Justino pagou a promessa de me levar à escola dele. Lá fomos nós a cortar caminho na sua 50. Da escola não deu para ver muito, porque o professor tinha dispensado os alunos mas deu para darmos um valente passeio e conhecer algumas casas da zona! Valeu.
Já quando o sol se pôs, e ajudávamos a preparar o jantar, repararmos que não havia água. O Pe. Onório saiu-se com um “Há crise de água” para os que estavam na cozinha. Perguntei ao cozinheiro se sabia o que é crise. Disse-me que não. Pensem nisso…
Beijinhos

Cheila

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

19º dia - 21 de Agosto

O dia correu conforme planeado. Durante a manhã fomos dar uma voltinha ao mercado da vila e como sempre ficamos perdidas no meio de tantos padrões e cores nas barraquinhas das capulanas. Durante a tarde decorreram as aulas, formações e o serviço de apoio à biblioteca, tudo dentro da normalidade e com muita afluência de jovens.
Cici

terça-feira, 20 de agosto de 2013

18º dia - 20 de Agosto de 2013

O dia começa com o cansaço da véspera, mas lá estamos todos para dar o nosso melhor a esta grande Família, que se chama ÁFRICA.
A Cheila começa com a escolinha, trabalho que durou até à tarde, o Nuno deu Empreendorismo, a Cici e Nanda na cozinha, a Graça e a Diamantina em trabalhos pela Ibis, o Padre Juan na biblioteca, eu deambulando pelos cantos da casa, ainda um pouco doente, mas já muito melhor.
A Elsa no seu trabalho que já dura por estes lados (5 meses), o Padre Onorio pela cozinha a ver o jantar.
A Nanda fez um caldo verde maravilhoso com a Cici, o jantar acabou com uma surpresa feita pelo Nuno, Sopa dourada (sobremesa) uma verdadeira delicia.
Hoje não houve assim nada de especial para ser contado, um dia muito tranquilo, tudo muito certinho, mas para mim é sempre mais uma aprendizagem, nesta terra com tantos sabores, cheiros, dizeres, costumes etc.

Ana Paula

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

17º dia - 19 de Agsoto

Hoje mais um dia intenso a visitar os lugares dehonianos da Alta Zambézia, onde tudo começou em 1946! Quando os dehonianos chegaram a Moçambique foi-lhes confiada toda a evangelização da Alta Zambézia e foram esses caminhos que percorremos.
Logo de manhã pelas 6h partimos rumo ao Guruè, com uma paragem na antiga missão do Ilè, agora confiada aos missionários da Consolata. Fizemos uma breve visita à igreja, com um esquema de arquitectura semelhante a outras por onde haveríamos de passar. É admirável ver a obra que estes primeiros missionários deixaram, obra que hoje nalguns lugares está votada ao abandono.
Chegando ao Guruè a inevitável visita à Santinha e Casa dos Noivos (ou o que resta dela, só paredes!), passando pelas extensas plantações de chá. O Guruè é isso mesmo: o verde das paisagens marcado pelas plantações de chá.
Depois almoçamos no Centro Polivalente Padre Dehon e fomos fazer uma rápida visita à nossa escola e oficinas! Um trabalho admirável que aqui é feito e que conta com a escola regular, um curso de agro-pecuária de três anos e alguns cursos de electricidade geral e mecânica auto. Também é relevante a carpintaria desta escola, com máquinas adequadas ao trabalho que aqui fazem e a zona de moagem quer do milho, quer das sementes de girassol que tanto produzem o óleo como também o alimento para os animais. Ficou por visitar a quinta em Mangone (alguns quilimetros do Guruè) onde os alunos do curso de agro-pecuária têm as suas aulas práticas.
Pelas 15h tomamos a estrada de terra batida de regresso ao Alto Molócuè, onde avistamos a antiga missão de Invinha, visitamos a nossa comunidade em Milevane que conta com 4 religiosos e 3 noviços, a escola agro-pecuária das irmãs em Mievane e a antiga missão de Nauela!
Um dia para visitar algumas das raizes dehonianas da Alta Zambézia!
Mais uma viagem super cansativa, sobretudo no Guruè e regresso ao Alto Molócuè por Milevane onde era impossível não acertar nos buracos da estrada!
Mas valeu a pena!
Mais uma vez... cansados mas felizes!
Amanhã retomamos as actividades normais no Centro Juvenil! Haja forças!

Pe. Juan

domingo, 18 de agosto de 2013

16º dia pelo Alto Molócuè - 18 de Agosto de 2013

O dia começou cedo como habitualmente. É domingo e estamos sem actividades letivas.  Às 06h00 já se diziam laudes e saímos com o padre Onório para a comunidade de Nassupi onde se diria missa dominical. Depois de uma pequena paragem para entrega de duas sacas de cimento e mais de 50km em estrada de terra, com três corajosas voluntárias na caixa de carga da carrinha, lá chegamos e fomos recebidos com cânticos de boas-vindas.
A missa que se iniciou daí a meia hora, foi especial porque comportou 6 batismos e uma primeira comunhão para além do habitual ambiente alegre e dinâmico que a liturgia comporta por estas paragens. Um frenesim, num espaço confinado, de terra batida, simples, pobre e ainda assim como nos sentimos “em casa”?!
São-nos dadas todas as atenções. Os mais novos ficam boquiabertos a olhar para estes “extraterrestres”. Os adultos esforçam-se por nos darem todas as explicações bem como o maior conforto. Sentimo-nos até constrangidos, pois as cadeiras são para nós (um luxo), trazem-nos água para nos lavarmos, e oferecem uma refeição de arroz, eschima e frango na melhor casa que ainda assim não terá mais de 9 metros quadrados e 2,20m de pé direito, com paredes de adobe e cobertura de capim.
Chegados ao carro, temos a caixa de carga com bananas e galinhas para companhia dos voluntários! Regressamos ao Alto Molócuè para descarregar os víveres e preparar a saída da tarde.
À chegada à Pequena Família da Ressureição, o irmão António recebeu-nos calorosamente, tendo interrompido a Noa e disponibilizou-se para guiar-nos até à obra do mosteiro masculino. A propriedade é grande e ainda fizemos 5 minutos de carro até chegar ao local onde se erguem paredes a blocos de cimento (uma raridade por estas partes), feitos no local artesanalmente :o e depois de montados, são revestidos a pedra para um aspeto estético mais simpático para além de uma manutenção inexistente.
Foi no espaço onde se situará o claustro que perguntamos, o que faz um monge? “Nada!” – disse o irmão António. “Aqui contemplamos a vida, buscando incessantemente Cristo e lidamos com o nosso maior inimigo, o interno.”
Estou certamente a resumir em meia dúzia de palavras uma resposta mais longa e profunda mas será tanto quanto me lembro de ouvir…
Depois decidiu-se subir até à parte superior do monte Rurupi, o que foi uma aventura pois o percurso está coberto de capim e a tração integral teve de ser requisitada. Algum tempo depois chegámos a uma plataforma natural onde nos deslumbramos com o cenário paisagístico e como sempre com um entardecer fantástico com o sol de um lado do monte e a lua do outro.
E como já entardecia, rapidamente descemos, sem evitar parar no pomar de toranjas para recolher uma saca e uma paragem junto ao mosteiro actual, onde fomos recebidos por toda a comunidade e presenteados com um bolo e sumo de limão de outra dimensão.

E assim regressamos a casa. Até amanhã!
Nuno Perry

sábado, 17 de agosto de 2013

15º dia - 17 de Agosto de 2013

5h… O dia começou com o ruído das panelas,  odores de comida, falares e muitas risadas femininas. Eram as jovens e mulheres a iniciarem a preparação do almoço. Este em homenagem ao Padre Dehon,  com partilha de sabores europeus e africanos.



6h30 – Levantamo-nos cedinho (como sempre)  porque tínhamos um longo e agreste dia pela frente.
7h00 – Tomámos o pequeno almoço (reforçado, com papas maizena) sós porque os  três padres da missão já tinham partido cedo para as comunidades.
7h30 às 13h30 -  Começámos logo a trabalhar  que nem “negros” na preparação  do almoço, hamburgers de atum, pizza, bolo de tangerina (fruta da época) e Ice tea (feito com chá do Gurué). Uma ementa pensada pelo Chef Perry (“Pesadelos do Chef Ramsay em África”) e que orientou o trabalho árduo na cozinha.
Na rua, as mulheres continuavam a confeccionar o almoço africano, frango guisado e assado no churrasco, arroz branco e arroz rosado, massa, feijão, eshima de mandioca (milho cozido esverdeado)  intiqua (um género de esparregado, folhas de mandioca, com camarões e coco),  motxorro (rato do mato).



Andávamos todos numa grande azáfama  quer os voluntários (que trabalhámos que nem negros) quer os locais (grupo de jovens do centro Juvenil) mas como em todos os grupos, há sempre um elemento que faz que trabalha muito porém sempre surge afazeres desaparece ou faz que não percebe que é preciso cooperar.

 Elsa  

Carlos, o cozinheiro cá de casa.

Do outro lado da casa, no salão (onde celebra-se a missa em dias festivos) organizámos as mesas e cadeiras efetuando a decoração e as mesas para o bufete de 180 pessoas. Como perante Deus, todos os homens são iguais, só na Terra é que há pretos e brancos, não houve mesa de honra.
13h30-15h - Assim, durante o almoço as pessoas sentaram-se onde quiseram. Os locais (aperaltados) serviram os pratos confeccionados por eles e nós servimos os  nossos a todos os convidados. Observei que os africanos enchem os pratos de comida (uma autentica pirâmide)  porque só fazem duas refeições por dia à exceção do “mata-bicho” (pequeno almoço).




Por fim, as “serveuses” Graça, Diamantina, Nanda, Cheila, Ceci, e o Nuno e Elsa,  sentaram-se ao lado do Presidente Justino (sorridente e com uma alegria contagiante) e almoçaram da mesma forma que os locais, comemos com as mãos (o Justino tinha um garfo de plástico cor de rosa) e de tudo o que tinhámos direito, incluindo o motxorro que todos estávamos ansiosos por provar, exceto a Ana Paula, que disse-nos que só tinha penicado um pedacinho da comida europeia.
Devo dizer que o motxorro foi preparado mesmo para nós provarmos, (não é o tempo do rato do mato) este tem um sabor parecido com a codorniz. A Diamantina disse que sabia-lhe a torresmos. Acrescento que comemos sem pêlos porque eles comem tudo, pêlos, carne e ossos, não escapa nadinha.

A Dionísia a tirar os pêlos do rato do mato.


Uma primeira trinca.

Reparei que na mesa dos pequeninos, da Escolinha, os pratos estavam cheiissímos de comida e eles só bebiam o sumo “Ceres” e comiam o rebuçado, na comida nem tocavam. Nenhum encarregado de educação, sentado e a marfar, socorria o seu filho.
Mais tarde olhei e notei que na mesa já não havia pratos com comida. O que se passou? A situação que presenciei e que relato também acontece na nossa terra. Os pais ficam com a comida dos fedelhos.
Enquanto arrumavam e limpavam o salão, para o espectáculo, os pais e filhos foram inaugurar a Escolinha, agora a “Sala dos Sonhos”, um projecto concebido pela Cheila e Cici. As duas estão de parabéns pelo trabalho que deixam aqui no Alto-Molócuè. Quando as crianças entraram mostraram umas carinhas de admiração e felicidade por terem tantos brinquedos entre outros objectos. O Dino e o Sérgio explicaram aos pais o funcionamento da sala e segundo a Cheila, o Dino tem muita vocação com as crianças, sabe muito bem lidar com elas e o Sérgio foi um excelente orador perante os pais.


 

15h-18h – Decorreram as actividades preparadas pelos jovens, sendo o apresentador o Justino, um jovem com futuro na politica porque tem uma lábia de bradar aos céus. Nesse espectáculo, sobressaiu a música e a dança como era de esperar em África. A sala estava cheia e todos dançaram, crianças e adolescentes, mexendo de forma sensual e cativante a anca, como sabem todos os africanos. De entre todos os grupos, sobressaíram os seguintes: “Os Putos da Rebolation”, uma boys band dançante, “As Fofas da Rebolation” e o grupo Coral “O Religioso”, quatro rapazes, que puseram toda a sala  em euforia.




18h30 -  As vésperas.
19h15 - Durante o jantar fizemos o balanço do dia, o qual foi bastante gratificante para todos os participantes.
19h35 - Como estávamos exaustos, o Pe. Juan, Nuno e Elsa, e Ana Paula, foram imediatamente para a cama, porém as resistentes ainda ficaram para um dedinho de bilhardice até às 22h30.

Graça Dias

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

14º dia pelo Alto Molócuè - 16 de Agosto

Esta sexta-feira não correu como previsto, aconteceram alguns percalços durante o dia. Foi considerado pelos voluntários o dia do azar. Começou bem cedo com indiretas e acabou com diretas, mas tudo se resolveu com muita PACIÊNCIA…
Todo o tempo foi dedicado  à preparação da grande festa de homenagem ao Padre Dehon, marcada para o dia seguinte. Os voluntários propuseram-se a confecionar comida europeia e os jovens a comida típica de Moçambique. A festa tem 150 convidados, por isso houve muitas tarefas de preparação para realizar, para além das formações no Centro Juvenil.
Nem tempo tivemos para o típico passeio de sexta-feira à noite, fomos dormir vencidos pelo cansaço.

Nanda

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

13º dia - 15 de Agosto de 2013

Hoje completamos metade dos dias da nossa missão por terras de Moçambique!
Saudades? Não!
Claro que sim, cada um à sua maneira, mas, tentamos não pensar nelas…
Preferimos pensar nas saudades que vamos ter quando for a hora de regressar………saudades desta terra que nos alimenta a alma, e que nos faz acreditar que tudo será melhor daqui para frente!
Só vivenciando, é que cada um à sua maneira descobre as diferenças e estabelece o paralelismo…….Tantas semelhanças e tantas diferenças!
Quem somos nós para exigir tanto?
Hoje para comemorarmos o dia 15, a Paula confeccionou um saboroso arroz doce à sua moda (vai ao forno) e um bolo “aldrabado” que ficou delicioso.
Cada um andou de volta das suas actividades e acabamos o dia a observar a bela paisagem que nos acompanha diariamente………

Diamantina

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

12º dia - 14 de Agosto de 2013

Mocheloaaaaaaaaaaaaa!
Depois de todos os afazeres no dia anterior, a ultimar a escolinha, hoje foi dia de conhecermos um lado diferente de Alto Molóquè: o Cemitério. Antes disso, rumamos à Ibis para eu e a Cici reunirmos com a Bela e limar arestas quanto ao funcionamento do Centro Juvenil, mais do que “uma cara bonita” queremos mesmo que a sala seja um local que propicie o crescimento e desenvolvimento daqueles Seres de “palmo e meio” J
Debaixo de um sol abrasador o cemitério pareceu-me bem mais “leve” do que os europeus, encontramos pela primeira vez o que pensamos ser búzios, mas que afinal eram caracóis do mato! E-NOR-MES! A viagem de regresso ao centro foi atribulada, as calças compradas no leilão de fardos eram quentíssimas (ver ao longe não dá pra perceber o tecido, nem o tamanho: 42 e turco!) e para agravar a situação tivemos uma paragem de “emergência” porque tivemos que fazer o funeral às minhas havaianas pretas (que tantos Km percorreram!) jazem felizes em Alto Molócuè! J
Na parte da tarde iniciou-se o trabalho “teórico” com os possíveis monitores da escolinha. Mostrei-lhes fotos de infantários de Portugal, foi positivo, acho que interiorizaram melhor a história de dividir a sala em áreas. Até então, olhavam pra mim com um ar de “esta mucunha é maluca!” J As maiores admirações deles foram: os meninos poderem dormir na sala, poder haver bonecose brinquedos e eles poderem brincar!
Espera-nos um longoooo trabalho!
Tátá*

Cheila

terça-feira, 13 de agosto de 2013

11º dia - 13 de Agosto de 2013

O dia de hoje foi imparável. Limpámos, lixámos, pintámos e colocámos no sítio correto os móveis da sala onde funciona a escolinha. A escolinha que foi inaugurada com o nome de Sala dos Sonhos ficou linndaaaa!!! J Segundo a orientação da Cheila organizámos a sala nas várias áreas. É de salientar e louvar as doações de material didático e não só feita pelos voluntários como também pelos amigos e familiares dos mesmos. Não posso acabar este diário sem mencionar a ajuda de TODOS os voluntários bem como de vários meninos e rapazes que frequentam o Centro Juvenil. Um especial agradecimento aos jovens Sérgio, Dino, Ângelo e Justino pela dedicação, simpatia e pelos bons momentos humorísticos. :)
Cici

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

10º dia de experiência de missão pelo Alto Molócuè - 12 de Agosto

Continuando o dia anterior… de 11 para 12 de agosto decidiram fazer um acampamento juvenil mesmo ao lado da missão. Acampamento juvenil significa música, dança, teatro e afins, incluindo também uma “lareira” (= fogueira à volta da qual se canta e dança músicas tradicionais locais).
Escusado será dizer que poucos foram os que durante esta noite dormiram, pois era tanta a barulheira que a casa abanava.
Alguns dos voluntários ainda se juntaram à festa e foram apreciar o que lá se fazia, isto depois de “destrançar” a Graça, para lhe dar um alívio à cabeça. Mas a demora na festa não foi muita pois a maior parte eram crianças e adolescentes e a dança era pouca… viam mais dançar!
Por isso imaginam a “moca” dos voluntários no dia seguinte que, mesmo “zombies” continuaram as suas tarefas…
Hoje também, celebramos a festa da morte do Pe. Dehon, nosso fundador, e por isso também foi um dia especial cá em casa, com direito a bolo… de tangerina (é o que há mais por estas bandas). Também no nosso jantar houve hoje hambuers de galinha e soja, uma das experiências bem sucedidas (mais uma vez) do nosso chef voluntário Nuno Perry. Alguns já se começam a sentir cobaias da cozinha… o que tem sido muito agradável até agora (esperamos ansiosamente pelas próximas experiências).
De assinalar de uma maneira especial o trabalho da Ana Paula que andou aqui por casa a consertar cortinas, algumas voluntárias que iniciaram o trabalho de transformação infantil da Escolinha, lixando e pintando armários e portas. Algumas das voluntárias, tão empenhadas que estavas que decidiram também fazer algumas pinturas em si próprias, tipo pinturas de guerra. O que nos safou foi o diluente que tira tudo… senão ia ser bonito!
Também continuou-se a preparar a grande festa do próximo sábado, dia 17 de agosto, do Centro Juvenil, que contará com a presença de uma 150 pessoas!!!!
E assim, todos cansadinhos, desta vez já sem a insuportável música da noite anterior, cada qual foi à procura das suas palhinhas…
TATAAAAA!

Juan Noite

domingo, 11 de agosto de 2013

9º dia de aventuras pelo Alto Molócuè - 11 de Agosto

Dia 11, mais uma aventura, mas antes tenho que começar com a véspera deste mesmo dia no nosso quarto a Cheila teve que lavar as sandálias, então  colocou-as no bidé, mas claro que estavam sempre a boiar, então a Cheila encaixou  desde os desodorizantes a uma garrafa de água, bem foi só risada da boa, depois nada daquilo saia, era tão simples, só mexer num botão atrás do bidé para que a agua saísse, uma diversão  completa.
Agora depois desde belo momento, vamos ao dia de hoje, logo antes das 7h da manha, tomamos o matabicho, fomos logo às Comunidades, havia um casamento, os rituais, eram lindos, muita música, palmas dança, os noivos vêm-se logo, não tem nada haver com a nossa cultura, a noiva não tira os olhos do chão, o noivo esse estava bem disposto, depois de toda a cerimonia feita junto ao altar, tb para nós nada disto é assim. Os noivos beijam-se na boca colocam as alianças, logo a seguir vão para suas casas para a festa. A missa foi toda dada em Lomué.
Uma outra coisa que me surpreendeu, foi que as crianças choravam quando viam as máquinas fotográficas, aqui no Molocué, correm para tirar fotos, a Cheila estava curiosa, com toda esta situação e perguntou aos habitantes, o que eles responderam que nunca tinham visto um BRANCO.
Depois para todos nós voluntários, fizeram um almoço rico (porco preto, galinha, carne, arroz amarelo e Chima) estava tudo tão bom, comemos tudo isto dentro da Igreja. Logo a seguir eu fui com o Padre Carlitos a outra Igreja, o resto dos voluntários ficaram para assistir ao jogo de futebol.
Para acabar este dia maravilhoso, já nos disseram que não vamos dormir, toda a noite vamos ter música aos berros, então será melhor juntarmo-nos a eles, ahahahaha.

Estamos cansados mas muito felizes.

Ana Paula

sábado, 10 de agosto de 2013

O 8º dia - 10 de Agosto de 2013

Depois de uma semana de trabalho intenso eis que chega o primeiro dia de maior acalmaria.
A Diamantina e a Graça quiseram aderir à moda local e submeteram-se às mãos de amigas da comunidade para entrançar os cabelos rematados com missangas. Estão “lhindinhaaas” e são uma atração exótica para pequenos e graúdos do Alto Molócuè.
De manhã, o único “infeliz” que tinha actividade era o Perry com a formação de hardware que teve de ser estendida com mais um turno devido às muitas inscrições. Enquanto isso algumas das nossas foram até à barragem próxima para arriscar uma banhoca de acordo com as práticas locais: em pelota! Ainda por cima houve quem fosse directa à zona dos rapazes, intersectadas pelos gritos festeiros das raparigas locais.
O almoço foi estival: salada russa – uma variação da dieta africana pois os padres da comunidade estavam fora em trabalho.
A tarde foi quente. Mesmo no inverno o sol faz-se notar e apenas ao entardecer e ao amanhecer é que sentimos o fresco na pele.
O Perry andou a “divertir-se” com uma base de dados Access feita por um italiano (com código em italiano) para a paróquia. A Ana Paula deu uma aula de dança e fomos retribuídos com um ensaio de dança tradicional pelo grupo de jovens. A Fernanda cortou o cabelo à voluntária residente, Elsa e uns e outros passaram pelas brasas vespertinas.

A gula apoderou-se da Graça e as bolachinhas compradas na banca do cruzamento da estrada nacional vingaram-se. Como o esófago estava lotado tiveram de saltar para a traqueia e lá teve o Perry de “heimlichar” a rapariga. Saíu tudo! Muito! :p
Pela oração do terço e vésperas, a capela foi invadida por uma “manifestação” de moscas. E ao jantar agendamos uma saída neste domingo para visita a comunidades com os padres e onde se incluirá um baptismo e um casamento, rematados à tarde com um jogo de futebol local onde vamos fazer claque pelos nossos do Alto Molócuè.

Depois do jantar, reunimos para uma avaliação do dia e da semana, onde cada um deu testemunho das dificuldades e das surpresas que surgiram. Iniciamos a preparação da festa a realizar no próximo sábado, dia 17 para 150 almas. Por falar em surpresas eis que entra na reunião um motxorro sem convite. Gritaria geral e… boa noite! ;)

Nuno Perry

Dia 7 - 9 de Agosto de 2013


5h45  - na Missão Católica  Nossa Senhora  Rainha, do Mundo,  província  Alto –Molócuè, presenciei o nascer do sol, momentos repletos de tonalidades rosadas, amareladas e esbranquiçadas e por fim , uma grande estrela, muito brilhante e muito quente  iluminou todo o meu dia.
6h - Participámos nos  Atos de Oblação, Laudes (Liturgias das Horas) e à missa (diária), hoje, celebrada pelo Pe. Onório (um italiano) porque como estamos em comunidade temos rituais comuns. Comunguei e pela primeira vez provei uma hóstia, mergulhada no vinho, deliciosa.
7h15 - Tomamos o pequeno-almoço (hoje havia inhame).
8 horas - Fomos dar um passeio pela vila para observarmos a azáfama diária, passámos por um “fardo” (um vendedor, que vende roupa oriunda de todo o mundo e empacotada em vácuo, em leilão), onde a Cheila conseguiu comprar umas calças e uma t-shirt por uma pechincha,  e ainda fomos ao mercado, onde algumas voluntárias compraram umas capulanas a 125 meticais (MT) cada uma. (Amanhã, durante  a manhã iremos  às compras  no  mercado, calmamente  poderemos regatear).
8h10 - No caminho, e pertinho do local onde estamos, há escolas públicas. Os alunos (usam farda e trazem banquinho ou cadeira ou pedras para sentarem-se) estavam a limpar e a varrer, com galhos de árvores,  os arredores da escola.

 aula de música (observem os assentos)


 limpeza dos arredores das salas de aulas

9h50 – Regressámos, iniciarmos as actividades diárias (trabalhos): corte e costura, (CC) informática, trabalhos manuais (TM), inglês, empreendorismo e jogos tradicionais. Nestas atividades as crianças e jovens germinam.
11h30 - Começámos a preparar o almoço com a Ofélia (uma moçambicana que trabalha nos padres, como os locais dizem). Bebemos vinho “Dona Ermelinda” que custou 350 MT, ou seja, 9€, uma luxúria no mato.
12h /12h30 - Hoje,  sexta-feira, a partir das 12 horas praticamente ninguém trabalha. E ainda dizem que os portugueses trabalham pouco, eheheh. Mas os nossos formandos ou jovens do Centro Juvenil apareceram, como sempre, ávidos por participar e aprender, durante a tarde; neste período ocorreu formação de psicologia e defesa pessoal (DP), não mencionadas anteriormente.
Almoçámos sem convidados (a missão é um local onde ficam alojados muito viajantes pois  o Alto Molócuè é ponto de paragem entre Nampula e Quelimane). Havia viajantes, mas estes hospedaram-se na Sala de Hóspedes.
Após o almoço, têm o hábito de descansar.
14h – Continuação dos trabalhos. Na minha actividade, CC, na qual tenho ensinado a bordar “ponto de corda”, ponto de cruz, croché e tricô porque as adolescentes quando acabam a 12ª classe (equivalente ao nosso 12ª ano de escolaridade) vão para casa “ficar sentada”, como disse-me a Zulaia porque não tem dinheiro para estudar para ser professora. Esta e outras adolescentes e mulheres têm muitas competências mas a iniciativa própria e autonomia é fraca.
Durante a tarde, mataram um porco à nossa moda, ainda dei uma espreitadela,  e observei que aproveitam o sangue e todas as vísceras. Aqui, não deixam a carne do porco descansar um dia, porque o Pe. Onório congelou-o de imediato.
17h - Antes de tomarmos banho, eu e a Diamtantina tivemos cabeleireiras a “trançarem os nossos cabelos”, até brigavam para tocar e mexer neles.

 Diamantina quase entrançada.

Todas as sextas, ocorre o Conselho de Família: uma reunião para abordar assuntos do interesse da  comunidade.
17h30 - Ao final da tarde, tomámos banho porque hoje é “Friday Nigth”.  Encontrámo-nos na nossa sala de trabalho, para a bilhardice, face e skype, todos com a roupa de ir à missa.
18h15 – Letio Divina: ainda não sei o que é porque não assisti porque estava no cabeleireiro, ao ar livre
18h30, tivemos a meditação (Adoração) e de seguida as Vésperas (orações de agradecimento pelo dia). Eu estou quase numa leiga consagrada ;-).
19h15 – Jantar.
20h - Fomos tomar um copo com o Pe Messias (padre moçambicano, daqui da provincia) e o Pe Juan (nosso acompanhante deste a Madeira);  bebemos cerveja preta “Laurentina”; já não fomos à discoteca “Escondinho” porque encontrava-se fechada.
21h – Regressámos à missão e fomos xonar, estávamos todos exaustos.

Graça Dias

Dia 6 - 8 de Agosto de 2013

O dia 8 de agosto começou pelas 6 da manhã com as orações, seguindo-se de um belo mata-bicho para aguentar o dia. A partir das 9 horas começaram os cursos e cada voluntário dirigiu-se ao seu “posto”.
A Fernanda e a Cici tiveram uma experiência diferente, foram dar uma formação sobre bijuteria, numa escola a 25 km do Centro. O caminho é bastante íngreme e de terra batida, pelo meio do mato. A ida foi feita numa carrinha de caixa aberta e a vinda foi uma verdadeira aventura para uma voluntária, veio de mota com um habitante local.
Na escola fomos recebidas, com bastante admiração, por todos os alunos e professores. A escola do primeiro ciclo era feita de canas de bambu e palha, não tinha bancos, nem mesas para escrever, mas todos estavam bastante atentos à professora.
Na formação ensinamos a fazer brincos, colares e pulseiras e eles ensinaram a fazer chinelos.
De volta ao Centro, os voluntários confecionaram caldo verde (sem chouriço) para o jantar, o qual todos apreciaram. Depois da refeição fomos, pela primeira vez, passear pela comunidade à noite. Algumas ruas têm iluminação e outras encontram-se completamente às escuras, tivemos que levar lanternas. Foi um belo passeio!!
Chegados ao Centro, partilhamos os melhores momentos do dia e fomos descansar.


Fernanda

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Dia 5 - 7 de Agosto


Um belo nascer do sol para começar bem o dia.
Pelas seis horas da manhã, participamos na Liturgia das horas e missa. Seguiu-se o   pequeno almoço.
Enquanto alguns dos voluntários preparavam as suas actividades, outros acompanharam a Graça ao centro de Molócuè para ir buscar a tão esperada mala que havia se perdido. Enquanto esperávamos a mala, houve tempo para ir as compras. Adquirimos capulanas e fomos ao mestre Simão (alfaiate e monitor na IBIS) para fazer capulanas e vestidos simples.
De regresso ao centro juvenil, cada voluntário realizou as actividades planeadas até a hora do almoço. Após esta refeição o grupo reuniu-se com o presidente (futuro presidente de Moçambique) Justino do grupo de jovens do centro juvenil.
Iniciamos de novo as actividades e concluiu-se mais um dia.

Tátá…………...

Diamantina

terça-feira, 6 de agosto de 2013

Dia 4 - 6 Agosto


Mocheloaaaaa! J
Hoje é o dia em que começamos todos a mentir aos locais, quando nos perguntarem se temos dinheiro J até agora, n deviam acreditar muito na nossa resposta, mas a verdade é que não tínhamos mesmo! Mas finalmente hoje o Pe. Juan, cedeu-nos autonomia monetária para estimular a economia Moçambicana à vontade (eu e a Graça já fizemos os primeiros estragos! Chiuuuu!)
Hoje foi também o nosso primeiro dia de trabalho “á séria”, que é como quem diz, o primeiro dia em que arregaçamos as mangas e começamos a cumprir o horário por nós estipulado! Desde o inglês ao corte-e-costura, passando pla escolinha, ATL, formação para planear o futuro, e afins, todos tivemos na labuta! Foi o dia em que começamos a notar em que pé estava a situação, o dia em que começamos a analisar… este é um dia importante para o ponto de partida dos seguintes tempos!
Já com o sol posto, reunimos com o Pe. Honório, Pe. Carlitos e Pe. Messias para falarmos sobre os primeiros dias, expectativas e projectos futuros! Vai ser um mês em cheio!
Estamos todos cansados, mas tenho a certeza que continuamos a sentir todos (em uníssono!) Ni ah ca la lê J

Com amor, CheilaHo


Dia 3 - 5 de Agosto de 2013


O dia começou cedo para os voluntários Elsa, Graça, Nuno e Padre Juan que, às 5 da manhã saíram rumo a Quelimane. Ao final do dia regressaram com uma máquina para a carpintaria aqui do Centro Juvenil e muito cansaço. A viagem demorou três e meia a ida e  quatro horas o regresso. As restantes voluntárias Cecília, Fernanda, Diamantina, Cheila e Ana Paula começaram o dia a organizar o horário de cada voluntário aqui no Centro. Foram distribuídas as horas e salas por cada voluntario e elaborado um horário conjunto. Durante a tarde a Senhora Ofélia, a “nossa” cozinheira disponibilizou as suas horas de folga para nos fazer uma visita guiada pelas casas típicas situadas à volta do Centro. Por entre dezenas de fotografias que fomos tirando, a pedido  INSISTENTE dos afáveis locais, às casas, bancas de comércio  e claro a eles próprios, algumas voluntárias deliciaram-se quando tiveram a oportunidade de “vestir” uma capulana às costas com um menino, um bebé de 2 meses apenas. Bebé este que por nenhum momento estranhou estas costas quentes e enternecedoras das nossas voluntárias. Houve até um momento bem divertido, quando este, inocentemente, precisou de aliviar as suas necessidades fisiológicas e, assim, ainda nas costas da nossa voluntária, o pequenino “aliviou-se”, proporcionando momentos muito divertidos, a gargalhada foi geral. E acabamos por saber, pela tradição local, que este acontecimento traz bons presságios. O dia teve o seu final com a partilha de experiências e um belo jantar.


“Cici” Ferreira

Dia 2 - 4 de Agosto de 2013

Acordamos bem cedo, pelas 6h da manhã. Tomamos o pequeno-almoço e de seguida fomos para a missa onde fizemos a nossa apresentação e demos a conhecer os nossos projectos.
A nossa voluntária Diamantina fazia anos e teve uma surpresa (toda a comunidade cantou os parabéns e teve direito a uma bênção especial).
Pelas 13h almoçamos e era chegada a hora de conhecer um pouco deste povo. A pé, todos juntos, visitamos o Mercado, a IBIS (dependência da Associação Centro Juvenil) e conhecemos um voluntários dos Estados Unidos (fazem parte da organização “Peace Corp”) que estão a leccionar na Escola Secundária da zona, e que nos levaram a conhecer a escola.
Por volta das 17h dirigimo-nos ao Centro Juvenil para preparar o jantar (a Cici e a Fernanda são as ajudantes de cozinha hoje).
O Pe. Onorio fez uma pizza muito boa, o Nuno fez o bolo de aniversário da Diamantina, cantamos os parabéns… foi muito divertido. A Diamantina recebeu como prenda uma capulana que tinha gostado no mercado (e que às escondidas compramos para lhe fazer a surpresa).

Assim chegou ao fim de mais um dia…

Ana Paula

domingo, 4 de agosto de 2013

O inicio de uma aventura

Viajar até Africa é sempre uma aventura onde tudo se pode passar.
Escrevo esta primeira crónica em solo moçambicano, mais propriamente do Alto Molócuè, depois de passarmos mais de 48h em viagens.
Tudo se iniciou no dia 1 de Agosto, quando o grupo dos 8 voluntários se encontrou em Lisboa. Alguns já tinham chegado no dia anterior a Lisboa e outros chegaram nessa manhã.
Não poderíamos partir sem antes saudar o “big boss” Pe. Adérito e almoçamos com ele e conhecemos duas voluntárias que partiriam com ele para Lichinga (Moçambique) no dia 3 de Agosto.
Depois das últimas recomendações e algumas prendas começamos a nossa aventura.
Teriamos de correr meio mundo para chegar ao nosso destino Nampula.
Vejam lá se sabem fazer contar: Lisboa-Dubai, 8h; Dubai-Joanesburgo, mais umas 8h; Joanesburgo-Nampula, 2h e meia… pelo meio ficaram a interminável escala no Dubai de 10h e uma noite em Joanesburgo. A nossa sorte foi que em Joanesburgo tivemos direito a dormir decentemente acolhidos pelos tios da Cheila, que nos providenciaram uma rica e regada refeição, o direito a um banhinho quente e a um colchão.
Juntando a tudo isto uma viagem de carro entre Nampula-Alto Molócuè de 3h.
Conclusão: chegamos ao Alto Molócuè pelas 17.30h, já com o sol posto… cansados mas felizes.
Foi só o tempo de conhecermos as nossas instalações, e rezar vésperas juntamente com a comunidade religiosa.
O jantar já foi feito em família, com o devido acolhimento da comunidade religiosa Pe. Onorio, Pe. Carlitos e Pe. Messias, sem esquecer a Elsa, nossa voluntária permanente.
Depois do jantar e de um pequeno convívio não houve tempo para mais senão ir descansar. Apesar de alguns barulhos estranhos nas instalações dos voluntários (sapatos a bater, algumas gargalhadas e alguns ressonos), calmamente cada um foi encontrando como pode o seu merecido descanso!
Tata!

Em breve enviaremos mais noticias!

segunda-feira, 29 de julho de 2013

Vou para África!!!!!!!!!!

Olá, chamo-me Diamantina, sou professora do 1º ciclo e adoro a minha profissão.
Já há algum tempo que não fazia voluntariado, confesso que, por comodismo próprio. Fui voluntária nos BVCL durante alguns anos, e também dei apoio pedagógico durante algum tempo na instituição “garota do calhau”.Há precisamente um ano atrás, comecei a acompanhar a missão da Voluntária Nélia Cardoso através das suas publicações, ficava deslumbrada  e perguntava a mim mesma se seria capaz.
 “Ninguém disse que era fácil mas não custa tentar”.
Pois é, este ano associei-me a instituição ALVD, onde frequentei a formação de preparação para no próximo dia 1 de agosto partir juntamente com um grupo de 7 voluntários.
Será certamente um mês de agosto, totalmente diferente dos anos anteriores a todos os níveis!….Vou dar um pouco de mim, a quem tem tanto para “oferecer”. Pretendo dar o meu contributo para a comunidade local, adquirir novas competências, vivenciar outra cultura.
Proponho-me a ser mais justa e mais solidária………

Vou! Para África….Levo-os a todos no meu “coraçãozinho “que é grande!
Ana Paula, funcionária pública, nasci em Évora, tenho 54 anos.
O entusiasmo por esta causa já vem alguns anos atrás, depois por uma amiga que já tinha feito este voluntariado na ALVD.
Começei a fazer a formação.
O que vou lá fazer, dar aula de dança e teatro, assim como ajudar em outras tarefas.
Espero contribuir com a minha vontade, a todos aqueles que de uma ou outra maneira precisem de carinho, amor, ajuda, uma palavra amiga, etc.
Sinto-me muito feliz por fazer parte deste grupo, desta missão tão importante para todos nós.
E tenho a certeza que a nossa missão vai correr muito bem, somos um grupo unido,trabalhador, responsável e com muita vontade de fazer sempre o melhor.

sexta-feira, 26 de julho de 2013

Eu, ALVD e Moçambique, Alto Molocué.

Olá a todos,

Sou a Graça, portadora do BI...., moradora na ...., ;-).
 
Quando entrei na fase dos entas, uma das minhas metas era viajar e ir à descoberta de culturas diferentes, experienciando vivências diferenciadas, mas de forma económica, dando significado às coisas e  me sentir realizada pessoalmente e  ao nível profissional também. Daí eu  denominar as minhas viagens de férias inteligentes porque os domínios cognitivo e socio afetivo progridem.
 
Como faltam-me dois anos para chegar a meio século; tenho a minha irmã numa missão de voluntariado  no Alto Molocué; o meu filho está um homem,  independente dos cuidados básicos prestados por mim;  o meu pai, uma pessoa muitíssimo importante na minha vida, está aos cuidados do meu irmão mais novo, Nélio; então  propus-me a ir  à descoberta de um pedacinho de África, ir ao encontro da Elsa e ir dar um pouco de mim - uma pessoa multifunções -  no próximo mês de Agosto.
 
Esqueci-me de mencionar como é que o voluntariado apareceu na minha vida.
 Há cerca de dois anos, eu e a minha irmã, em conversa, lembramo-nos que podíamos fazer voluntariado fora da Madeira, conciliando  a descoberta de novos lugares com  o servir os outros. 
Certo dia, na minha escola - Básica dos 2º e 3º ciclos Cónego JJG de Andrade -, tomei o  pequeno almoço com um irmão dehoniano. Na linha da nossa conversa, falamos sobre Madagáscar, voluntariado e foi como obtive o número de telefone do Padre Juan Noite, da ALVD. 


Assim, daqui a uns dias, vou embarcar numa experiência vivencial para  num espaço diferente, ambíguo e  maravilhoso, onde vou aperfeiçoar ou criar competências e recursos.
Mais uma  viagem de descoberta pessoal.

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Apresentação dos elementos do grupo "Agosto 2013" - Pe. Juan Noite

Olá amigas e amigos...
Falta praticamente 1 semana para que mais um grupo de 8 pessoas rume a Moçambique, mais concretamente à provincia da Zambézia, cidade do Alto Molócuè, para mais uma experiência de missão.
Nos próximos dias faremos então a apresentação de cada um dos elementos deste grupo, um em cada dia... apresentação feita em modo de auto-retrato.
E como alguém tinha de dar o exemplo... aqui vou eu!


Meu nome é Juan Noite e sou sacerdote religioso dehoniano há quase 12 anos! Nome provindo da terra dos Miras (como se diz em bom madeirense) onde nasci há 40 anos!
Desde 2003 tenho trabalhado no Colégio Missionário, passando pela pastoral juvenil, pastoral vocacional e formação!
Além disto, estou envolvido desde 2005 no projecto da ALVD aqui na Madeira! Tudo começou em finais de 2005 quando alguém me lançou um repto: formar um grupo de voluntários para fazer uma experiência missionária em Moçambique. Juntamente com uma voluntária que já lá tinha estado (a Ana Luisa) e lançando o desafio a outros que já conhecia na Madeira, assim se formou o primeiro projecto de missão a Moçambique, com um número "profético": os 7.
A partir dessa experiência em Agosto de 2006 nascia o núcleo da ALVD na Madeira...

Podemos dizer que não sou novato nestas experiências, pois esta será a 4ª vez que acompanho um grupo a Moçambique (2006, 2009, 2012 e 2013).

O que lá vou realizar durante este mês... um pouco de tudo. Desde a coordenação do grupo de voluntários, estar disponível para ajudar os voluntários em tudo o que for necessário e sobretudo ajudar na formação religiosa do grupo juvenil do Centro Juvenil Padre Dehon... estar disponível para apoiar a comunidade religiosa em tudo o que for necessário, desde confessar, preparar algum encontro específico, celebrar em alguma comunidade quando necessário!
Embora esta seja a 4ª vez que participo, cada vez é sempre diferente da anterior pois os voluntários são diferentes e isso torna cada experiência de missão única e irrepetivel!

Lembro como se fosse hoje quando o ano passado cheguei a uma comunidade e  um dos locais partilhou a sua alegria pela nossa presença pois significava que não nos tinhamos esquecido deles!
Cada projecto de missão é uma continuação... um trabalho que herdamos de grupos anteriores e só assim nesta continuidade se constrói um projecto sólido e se transformam as realidades!

terça-feira, 23 de julho de 2013

Compromisso o novo grupo de voluntários - Agosto 2013

Olá amigas e amigos do nosso blog.
Estamos de volta à aventura!
Embora o blog tenha estado parado, pois serviu essencialmente para manter o contacto do grupo de voluntários de 2012 com os seus amigos, relatando a sua experiência de missão, eis que ele retoma a sua actividade...
Agora com um novo grupo de 7 voluntários novos e 1 que já vai fazendo disto um habituè...
Depois de um longo periodo de formação, desde Setembro de 2012 com a passagem de testemunho do grupo de Agosto 2012, eis que mais 8 aventureiros e aventureira se juntam à maior aventureira que já partiu para o Alto Molócuè em Março e onde ficará a desenvolver a sua missão até dezembro de 2013. Falo da nossa voluntária Ana Elsa Dias...

E a aventura deste novo grupo de 8 volutários, que se juntarão à Elsa e à comunidade religiosa do Molucuè, teve um marco importante na sexta-feira passada, no Colégio Missionário, onde se procedeu ao rito de envio.
Todos felizes e contentes, prestes a iniciar mais uma aventura por terra Alto Molocuanas (acho que acabei de inventar uma palavra... deve ser inspiração do Mia Couto).

Aqui vai a foto do grupo... nos próximos dias passaremos à apresentação de cada um dos protagonistas desta nova aventura ALVD "Agosto 2013"!


Stay tunned... ou melhor... blogged!