Partilho convosco um testemunho meu, elaborado para o boletim de informação "Entre nós" de Setembro, de contacto com os grupos missionários
A ALVD (Associação Leigos
Voluntários Dehonianos), associação que se dedica ao voluntariado missionário,
permitiu mais uma vez uma experiência de missão a 6 leigos, acompanhados pelo
Pe. Juan.
Depois de um ano de preparação
e de formação, a realização de várias actividades em vários pontos da ilha,
este grupo partiu para Moçambique, mais concretamente para o Alto Molócuè, onde
está uma comunidade dehoniana e um centro juvenil.
Este grupo de voluntários
dedicou-se, ao longo do mês de Agosto, a uma variedade de actividades de apoio
Centro Juvenil Padre Dehon. Os campos privilegiados da nossa missão foram
sobretudo a informática (actualização dos computadores do centro e formação de
formadores), a Escolinha (uma pré-escola que funciona no centro, acolhendo
cerca de 40 crianças entre os 4 e os 6 anos), e o apoio à biblioteca do centro,
que chega a receber por dia cerca de umas 100 visitas. Além disso, dedicamo-nos
a outras actividades tal como a dança.
Foi uma experiência muito
importante para estes voluntários, pois permitiu-lhes conhecer outra cultura
diferente da nossa, como também os missionários dehonianos que trabalham em
Moçambique e a sua dedicação em favor da evangelização e promoção humana.
Mais do que levar e fazer
coisas, viemos cheios da riqueza deste povo, das crianças e dos jovens, da
alegria com que vivem e testemunham a sua fé. Era sempre um momento muito
especial quando ao domingo acompanhávamos os missionários às comunidades, a
forma como nos acolhiam e viviam a Eucaristia. Aqui percebemos plenamente o
sentido de que a Eucaristia é verdadeiramente uma festa, com muita música e
dança e grande disponibilidade para acolher a Palavra de Deus.
Enfim… um mês passou a correr
e parece que não foi nada. Porém foi muito para aqueles que tiveram o
privilégio de fazer esta experiência. Muita coisa para processar à medida que
vamos voltando ao quotidiano e rotina do nosso trabalho.
Certamente que viemos
diferentes… mais ricos de conhecimento, de cultura, mas sobretudo mais felizes
por podermos participar, mesmo que de forma muito ténue, no trabalho que os
missionários realizam nas missões ad gentes.
Uma vez alguém me disse que
quem vai à Africa volta diferente… não tanto exteriormente, mas sobretudo interiormente.
Embora seja a terceira vez que volte a Africa, acompanhando grupos de
voluntários, cada vez que lá volto é diferente, volto mais rico.
Pe. Juan Noite, scj
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